28 de outubro de 2010

40ª sms

Olá a todos quantos por algum acaso ainda aqui vêm visitar este lugar esquecido na blogosfera!
Hoje perguntaram-me se o E.T. estava vivo e eu respondi que talvez em breve passasse por cá para escrever alguma parvoíce, pois enganei-me, o assunto que me trás cá hoje é de extrema importância. Portanto que rufem os tambores!
O que me traz cá hoje é a mini-série que o canal de televisão que começa com S, acaba com C e tem um I no meio, transmitiu, ora esta mini-série, "Os Condenados", faz a investigação de alguns individuos que foram condenados e cujas provas que levaram à sua condenação, são no mínimo, ora deixa ver se arranjo um termo!ora como é que se diz? ah já sei, ESTÙPIDAS. Ora vejamos, o caso de hoje remonta a 1998, ano em que 2 militares da GNR, da divisão da brigada de trânsito, foram assassinados a tiro. O condenado cumpriu 10 anos de prisão e foi acusado porque foi encontrada uma impressão palmar, ou seja da palma da mão, no espelho retrovisor do interior do veículo, até aqui tudo parece normal, não fosse o condenado ser companheiro das vítimas, portanto militar da GNR e ter estado em serviço nessa viatura na manhã que antecedeu ao crime!
Ora muito bem, vejamos então, presumivelmente e de acordo com alguns testemunhos de antgos militares da GNR, aqueles agentes eram corruptos e aceitavam dinheiro de empresas e ao que consta estariam envolvidos em negócios de droga, mas quem é que os matou? O seu colega que jantava em casa dos pais com a mulher, que alguns vizinhos dizem ter visto chegar e visto ir embora, que era considerado sério, honrado e cumpridor e que como num acto de magia desapareceu da casa dos pais e da companhia da mulher, chamou os colegas, lhes espetou uns balázios, os deixou à beira da estrada e lhes levou o carro deixando-o alguns Kms mais à frente fora da estrada,encostado a um barreirão que impossibilitava a abertura da porta do lado do condutor e aqui surge então a impressão palmar no espelho retrovisor, porque supostamente o militar da GNR ter-se-á apoiado no espelho para sair pela porta do lado direito, ora mas esta gente é toda estúpida?1.º se o Sr quisesse sair não se ia apoiar no espelho mas no tablier, digo eu!2.º Como é que estes Srs Juízes condenam alguém com base numa impressão palmar que tem como ser provada que ocorreu na manhã anterior ao crime?
Explicação a esta 2ª pergunta, o (actualmente) Major reformado responsável pelos militares à data, disse que o veículo tinha sido meticulosamente lavado por dentro e por fora na manhã do crime, ora esta versão é desmentida por uma série de militares desta força que se contradizem, alegando que os carros eram lavados de 2 em 2 dias, outros que aos sábados, outros que naquele dia não fora lavado porque tinha chuvido. Aquando da entrevista este major dizia não se recordar se de facto o carro tinha sido ou não lavado, brilhante!
Isto custa-me a crer! Será possível que se tenha cometido uma atrocidade sem tamanho, com base numa (não) prova tão fraca, ignorando o que pelos vistos toda a gente sabia, que estes guardas eram corruptos e que numa eventual investigação podiam ter chegado talvez à conclusão que tinha sido um acerto de contas ou um negócio ilícito que tenha corrido mal?
Posto isto, seria de esperar que com todas estas "in"certezas fosse reaberto o processo e tentassem de alguma forma minimizar o estrago que a nossa justiça impôs neste homem, mas e vejam se não é fantástico, "o processo não será reaberto por não haver novos índicios a acrescentar ao caso", resposta dada à uns meses após novo pedido de reabertura de processo. Yupi!!!ora a justiça insiste-se em manter-se nesta situação ridicula, será que os Srs Drs Juízes vivem bem e dormem descansados pensando que condenaram um homem com base numa (não) prova tão frágil!!!
Eu não quero acreditar nisto, eu quero acreditar que isto se passou nos Estados Unidos, mas não, foi nesta Ocidental Praia Lusitana. Obrigado Justiça Portuguesa por esta Pérola!
Sem mais, despeço-me com amizade e até uma próxima.